terça-feira, 20 de janeiro de 2009

OURO COMESTIVEL ( PORTAL G1 )

Janeiro de 2009 20/01/2009 - 08:42
Não basta ter, é preciso esbanjar: luxo é comer ouro
A nova “corrida do ouro” inclui idas a restaurantes em Nova York ou Abu Dhabi para comer caviar ou sorvete com folhas de ouro
Caviar com ovo de codorna e folha de ouro no restaurante Astral e o sundae da Serendipity 3: bilionários russos são os mais ávidos pelas iguarias com ouro, que levam restaurantes a cobrar US$ 1 mil por sobremesa.

Enquanto milhares de investidores perdem os cabelos com suas finanças seriamente atingidas pela crise mundial, há uma corrida por ouro no mercado. Mas não é apenas como uma forma de investimento que os ricos veem o fascinante metal dourado. Acredite ou não, a moda entre os mais abonados agora é comer ouro. Sim, é isso mesmo:comer.

Artigo no jornal “The National”, conta do luxo peculiar oferecidos aos hóspedes do Emirates Palace Hotel, em Abu Dhabi. O estabelecimento serviu cinco quilos de ouro comestível no jantar para seus hóspedes em 2008.

“A quantia corresponde a 5.000 garrafas de uma grama de ouro folhado, sendo que cada uma delas custa cerca de US$ 100”, diz o texto. O orçamento para o ouro comestível do Emirates Palace, que se orgulha da maneira como usa o metal precioso, pode alcançar US$ 500 mil por ano.

O ouro, em flocos, pó ou folhado, é servido conforme a imaginação mandar: do champagne rosado (US$ 2.995 por uma garrafa de três litros) ao bolo de chocolate e cappuccinos. Os russos são os que mais se destacam por serem ávidos por ouro, comido por eles prioritariamente com caviar ou ostras.

Deste lado do Atlântico, a moda também pegou. De acordo com Robert Frank, do “Wall Street Journal”, muitos restaurantes americanos usam o ouro para atrair os clientes vips. Um novo chefe nova-iorquino criou um bagel (espécie de rosca muito consumida nos EUA) trufado com cream cheese, geléia de uva riesling e folhas de ouro, pela bagatela de US$ 1 mil.

Stephen Bruce, dono da famosa sorveteria nova-iorquina Serendipity3, teve a idéia de criar um sundae de chocolate, coberto com 23 quilates de ouro comestível no chantilly por US$ 25 mil. (A loja teve que fechar por um tempo, depois que a vigilância sanitária encontrou ratos na cozinha. Aparentemente, até os roedores de Manhattan acharam que também tinham direito a um certo glamour).

Agora, resta saber se em meio à crise mundial artifícios de marketing como estes continuarão atraindo ricos dos quatro cantos do mundo.“Muitas pessoas ainda perguntam por que nós usamos ouro na comida”, fala Jean Pierre Garat, o chefe de cozinha e bebida do Emirates Palace. “Nós dizemos a eles que é um sinal de excelência”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário