quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O SOL POR COMISSAO - CARLOS HEITOR CONY, EM AGENCIA FOLHA.


RIO DE JANEIRO- Li reclamaçoes na midia sobre a visita do presidente frances ao Brasil. Os resmungoes de sempre(entre os quais o cronista) chegaram a chama-lo de caixeiro viajante, um mascate que vai com sua mala cheia de novidades as regioes distanciadas do consumo, levando artigos de armarinho que nao chegam la. Nao chega a ser novidade. Na decada de 1920, quando veio o rei Alberto, da Belgica, entendidos descobriram que o descendente da rainha Vitoria representava um grupo economico que servia de fachada do Comite des Forges, e o resultado foi a criaçao da Belgo Mineira. Sao muitos e variados os exemplos dos mascates que aqui chegam com seus produtos, em alguns casos, simples bugigangas. Evidente que nao foi o caso do presidente Sarkozy. Ele veio com submarinos e tecnologia nuclear pra vender, alem de uma bela primeira dama uq edeu trabalho aos fotografos que fizeram plantao na calçada do Copacabana Palace. A verdade e que os chefes de Estado ha muito se transformaram em representantes de ponta das grandes empresas de seus paises. Se ganhassem comissoes pelos acordos feitos, na base dos 10% ou dos 20% em suas viagens, seriam os executivos mais bem pagos do mundo. Ganhariam uma baba. Bem verdade que Sarkozy teve uma especie de comissao pessoal nessa visita. Aproveitou a viagem de negocios para passar uns dias no litoral baiano, apreciando a bela paisagem acrescida com a presença de sua jovem e recente esposa: ninguem e de ferro. La na França, a oposiçao reclamou da ausencia do seu presidente em epoca de crise mundial, justo no momento das festas natalinas. Acontece que Sarkozy ja deve estar de saco cheio de ver a torre Eiffel iluminada e preferiu ver o luminoso sol da Bahia.

* Publicado em 28/12/2008, Jornal A Critica- Manaus/Am.

PS: A falta de acentuaçao foi decorrente da configuraçao do computador utilizado.

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