sábado, 31 de janeiro de 2009

CIÊNCIA CONFIRMA A PROFECIA MAIA.

CIDADE MAIA
Tradução: Isaac Lutti - Assessor de língua espanhola do CUB
FONTE: FAO
A Realização das detalhadas profecias que a antiga cultura Maia fez para o período correspondente entre os anos 1992 e 2012 do nosso calendário gera um grande mistério e uma pergunta inquietante: Encontramos-nos realmente vivendo o final de una era cósmica e veremos dentro de quatro anos o amanhecer bem diferente do que conhecemos?
Os científicos não sabem o que está acontecendo com o Sol. No dia 20 de janeiro de 2005, uma surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com sua máxima radiação 15 minutos após as explosões. Normalmente, demorariam 2 horas para chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Califórnia Institute of Technology, foi a mais violenta e mais misteriosa dos últimos 50 anos.
Os cientistas acreditavam que as tempestades se formavam na coroa solar pelas ondas de choque associadas a erupções do plasma. Entretanto, neste caso parece haver se originado estranhamente no interior do astro rei, segundo afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O professor Lin – principal pesquisador do satélite Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager (RHESSI)– expressou sua conclusão com uma frase muito simples: "Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona".
Resumindo: O inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto.
E porque o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala neste momento? O pico máximo de atividade da nossa estrela - no seu ciclo principal de 11 anos - aconteceu no ano 2000.
Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas, onde isso sempre anuncia a proximidade de alguma atividade no Sol.
Essa atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente nas vésperas da data para a qual os antigos Maias profetizaram o final da era correspondente ao "Quinto Sol" e o começo de outro ciclo cósmico, chamado "Sexto Sol".
Os Maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Os textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro rei?
E sobre tudo, por que motivo eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias naquela época?
O Calendário Maia termina de repente no sábado 23 de dezembro de 2012, 5.125 anos depois de se iniciar a era do "Quinto Sol".
Segundo as profecias, a causa física desse término é que o Sol receberia um raio oriundo do centro da galáxia e emitiria una imensa "chama radioativa" que transmitiria a radiação a Terra e conseqüentemente a todo o sistema solar. Este evento acontece antes do começo de um novo ciclo cósmico.
Segundo os dados Maias, já houve cinco ciclos de 5.125 anos, completando uma série de 25.625 anos, período muito próximo ao da "precessão dos equinócios", conhecido como "Ano Platônico" ou "Grande ano Egípcio", correspondente a um ciclo completo formado por 12 eras astrológicas (25.920 anos).
Segundo os Maias, a cada ciclo de 5.125 anos finaliza o prazo de uma humanidade (raça) na terra – primeiro a destruição, seguida pela regeneração que traz o ciclo seguinte, o "Sol". No começo são feitas sincronizações da "respiração" de todas as estrelas, planetas e seres.
No dia 11 de agosto de 3.113 a.C. os Maias fixaram o nascimento do "Quinto Sol" – A era atual – cujo final será em 2012. A era da água acabou com o Dilúvio, a seguinte foi com o dilúvio de fogo e a nossa chamada de "Era do Movimento", chegará ao fim com violentos terremotos, erupções vulcânicas e furacões devastadores.
A mitologia de várias culturas antigas fala de inundações catastróficas que aconteceram há uns 12.000 anos e de misteriosas chuvas de fogo, há cerca de 5.000 anos, onde pesquisadores como Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre.
A profecia Maia também descreve os 20 anos anteriores ao primeiro dia do "Sexto Sol" com certo detalhe. Este ciclo menor, denominado Katum, já chegou a quase dois terços da sua duração total. Ele nos permite verificar até que ponto da atualidade foi cumprido suas profecias e conseqüentemente, decidir se seus acertos merecem suficiente credibilidade.
O último Katum – denominado por eles "o tempo do não tempo" teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após a um eclipse do Sol que eles profetizaram para o dia 11 de julho de 1991 e que aconteceu realmente. No entendimento dos Maias, se trata de um período de transição, caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas.
Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes como a orientação migratória das aves e cetáceos e inclusive o funcionamento da aviação.
Em 1996, a sonda espacial Soho descobre que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogeneizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no Sol e em 1998 a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia onda ninguém soube explicar.
Outra data importante da profecia Maia foi o eclipse total do Sol em 11 de agosto de 1999 que aconteceu exatamente como eles falaram. Segundo o Chilam Balam (livro sagrado Maia) após sete anos do início do último Katum (1999) começa uma era de escuridão e os desastres na terra (terremotos, furações e erupções vulcânicas) aumentariam consideravelmente.
No dia 15 de agosto de 1999, 1 mês após o mencionado eclipse, aconteceu uma misteriosa explosão vindo do espaço e por causa disso algumas estrelas ficaram em eclipse durante horas.
As radiações das ondas de radio, raios gama e raios X multiplicaram sua intensidade em 120%.
Os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do Observatório Radio astronômico do Novo México (EE UU), qualificaram esse fenômeno como um enigma "digno de uma investigação minuciosa"
O raio e a chama radioativa
Diante desses acontecimentos podemos se perguntar: Poderia ser essa misteriosa e inexplicável radiação de 1999 o raio proveniente do centro da galáxia que segundo os Maias, alcançaria o Sol antes do ano 2012 resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Podemos se perguntar também sobre a "chama radioativa" que segundo os Maias, o Sol emitiria após receber esse "raio". A Igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005 que deixou perplexos e sem respostas os cientistas pode ser esse acontecimento?
O eclipse de 11 de agosto de 1999 que antecedeu a forte radiação vinda do espaço no dia 15 de setembro de 2005 inaugurou um período de cataclismos naturais.
No dia 7 desse mesmo mês houve um terremoto de 5.9° (escala Richer) na Grécia, com 218 mortos. Dia 8, inundações catastróficas na China com milhares de mortos. Dia 17, um terremoto de 7,4º na Turquia com 15.000 mortos. Dia 20, um terremoto de 7,6º em Taiwan com 2.000 mortos. Dia 22, uma cadeia de terremotos entre 2º e 5,2º em todo o planeta. Um terremoto em Oaxaca (México), seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás com mais de 100 mortos e dia 10 de outubro as chuvas produziram 300 mortos e 500.000 afetados também no México.
Não se trata de uma lista exaustiva de catástrofes, são somente alguns fenômenos que aconteceram nos dois meses posteriores ao eclipse de agosto.
Esses dados também falam sobre o grande aumento dos sismos, erupções vulcânicas e meteoros violentos. A comparação da intensidade e da quantidade que esses fenômenos aconteceram nos anos anteriores revela que houve um grande crescimento desses fatos no período que os Maias denominaram de "o tempo do não tempo".
Depois a potente e anômala radiação emitida pelo Sol no dia 20 de janeiro de 2004 cresceram o número de erupções vulcânicas. Durante esse ano foi registrado 31 erupções significativas.
Existem outras confirmações
A partir de 1999 se incrementariam as guerras e a destruição. O eclipse teve sua sombra sobre o oriente médio mais precisamente sobre o Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Índia, todas sendo áreas de conflitos sérios. Próximo de 2012 uma onda de calor aumentaria a temperatura do planeta produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais sem precedentes com uma rapidez assombrosa. E estamos dentro dessa dinâmica. O acelerado derretimento da camada glacial em todo o mundo e a aparição de zonas verdes na Antártida é um feito confirmado cientificamente. Os cientistas também anunciaram as mudanças que estão acontecendo no Sol.
As profecias Maias falam da aparição de um cometa com alta probabilidade de impacto com a terra. Curiosamente, também no Apocalipse de São João se profetiza a chegada desse cometa chamado "Ajenjo" como o sinal do "Final dos Tempos". Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999, não só teve o eclipse total do milênio, mas teve também a formação de uma configuração astrológica muito rara: A grande luz cósmica formada pelos signos de Touro, Leão, Escorpião e Aquário, pelo Sol, pela Lua e três planetas (ANO/ZERO, 102)
Esta Cruz também é dita no Apocalipse porque evoca os "quatro moradores do Trono"
O primeiro é descrito como "semelhante a um leão (Leo). O segundo semelhante a um touro (Tauro), o terceiro "com semblante humano" (Aquário) e o quarto semelhante com uma águia (Escorpio).
Estamos diante de um simbolismo complexo que encaixa as profecias Maias do começo do "Sexto Sol", uma nova era que segundo sua predição acabará com o "tempo do medo" e uma humanidade renovada pelo cosmo construirá uma civilização superior que a atual.
Com toda essa expectativa é inevitável não lembrar a mestres como o Sri Aurobindo que junto com sua companheira Madre e seu discípulo Satprem promoveram uma transformação fisiológica convencidos de que um ser humano superior deve produzir "o despertar" do corpo das células até o átomo.
Uma evolução programada
Aurobindo ensinou que aconteceria um "pouso de luz superior nas partes mais baixas da natureza" onde favoreceria o acesso do ser humano a um nível de consciência mais elevado do que o atual.
Poderia essa mudança ser ativada ou favorecida por esse grande evento cósmico que foi anunciado pelas profecias Maias? Pode esse salto vibracional do universo, transmitido pelo universo ao Sol e do Sol para a Terra estar impulsionando a "grande transformação" que segundo os Maias chegará definitivamente ao nosso planeta no sábado 23 de dezembro de 2012?
Todas as profecias afirmam veementes a respeito de um salto qualitativo na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só pode ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada um dos humanos.
No final desse último Katum, o Céu nos coloca ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação.
Encontramos-nos numa espécie de "terra de ninguém". Estamos numa fase definitiva onde já não pertencemos a nenhuma era. E provavelmente daqui a quatro anos, quando "a porta cósmica" se abrir estaremos numa era renovada.
Em qualquer dos casos nos parece evidente que os acontecimentos estão de acordo com as profecias Maias o suficiente para que possamos estudá-las seriamente sem prejudicar tudo o que sabemos do mundo.
A evolução biológica e psicoespiritual respondem a uma programação cósmica inteligente?
Esta é sem dúvida o grande mistério da humanidade.

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INSTANTE POSTERIOR- POR BRUNO MEDINA, EM 30/01/2009.

PRATOS LIMPOS

Antes de seguir adiante permitam-me fazer algumas ressalvas sobre o post anterior. Parafraseando o rapper carioca De Leve em uma de suas músicas, neste texto fui “mais mal interpretado do que livro de Machado de Assis”. Ainda agora tenho convicção da clareza de minhas colocações, embora desconfie que o sentimento passional em relação aos nomes citados tenha prejudicado (e muito) a compreensão das palavras.
Lendo os comentários pude notar que muitos consideraram preconceituosa a distinção dos artistas internacionais classificados em time A e time B. Ratifico que em nenhum momento houve juízo de valor quanto ao trabalho de ninguém, até por se tratar de matéria absolutamente subjetiva. A divisão proposta decorre de uma impressão quanto ao papel que cada um dos mencionados desempenha no cenário musical atual. O que talvez aborreça aos fãs seja uma confusão entre valor de mercado e valor artístico.

Quando sugiro que determinado artista pertence ao time B, isto deveria significar apenas que não me parece que ele esteja vivendo o momento de maior visibilidade de sua carreira. Este é, no entanto, um ponto de vista, baseado no que tenho visto, lido e ouvido por aí, e compatível com a vocação deste espaço. Claro que se a banda não sai das paradas radiofônicas de ali ou lotou um show acolá isto não altera minha opinião. O critério adotado é considerar a observação do aspecto geral, e não os informativos detalhados de qualquer fã-clube.

Quanto ao fato de um show de Alanis em Teresina ter me causado surpresa… ora bolas, não é usual mesmo! Desde que sentei para escrever não consegui me recordar de outro artista internacional que tenha passado por 11 cidades brasileiras de uma só tacada. A periodicidade e a duração das turnês não se deve necessariamente a um menor apreço que se possa ter pelo público de nosso país, muito pelo contrário, aqui estão, possivelmente, as platéias mais receptivas do planeta.

Talvez ao fato de o Brasil estar situado na América do Sul, longe do eixo onde ocorrem a maioria dos shows. Trocar de hemisfério exige cautela; os custos são maiores, a logística mais complicada e, como consequência, os ingressos tornam-se mais caros. Por isso eu acho que só vem para cá quem tem certeza do retorno financeiro ou aceita/precisa correr o risco. É justo daí que surge uma brecha para que determinados artistas se beneficiem da grande demanda por shows internacionais que sempre existe por aqui.

Por último, confesso que fico na dúvida sobre registrar que considero o A-ha uma das melhores bandas de pop dos anos 80. Tenho os 2 primeiros discos do trio e são muitas as músicas que conheço de cor, assim como também ocorre com as de Alanis, em cuja primeira apresentação no Rio eu estive presente. A dúvida se relaciona com esta sensação onipresente no mundo de hoje, de que existem regras para determinar quem pode ou não dizer algo sobre determinado assunto.

Independente de fazer ou não parte do Los Hermanos, de gostar ou não de Alanis, Coldplay, Guns n’ Roses, Madonna, A-ha ou qualquer outro artista que possa vir a ser citado neste blog, sinto que vivemos o momento em que emitir uma opinião, ainda mais se for pela Web, significa ter de lidar com a hostilidade e o rancor despertados pela impessoalidade do meio.

Os argumentos ganham força quando a discordância se dá de uma forma coerente e respeitosa, sobretudo construtiva. E, convenhamos, um pouco de tolerância à diferença e de espírito esportivo não fazem mal, né? Posto isso espero ter desfeito possíveis mal entendidos. E vamos em frente.


Este post foi publicado em Instante Posterior, Sexta-feira, (30/01/2009), às 08h58. Deixe seu comentário.

MENSAGEM DO DIA: "DO DESPREZO"- PAULO COELHO NO G1,31/01/2009.


“Grande parte de nossas culpas são um disfarce para nossa arrogância. Os que julgam combater o orgulho e a vaidade, condenando a si mesmos, deveriam lembrar-se do seguinte: quem se despreza está dando uma prova de vaidade”.

“Na antiga Atenas, os políticos tinham uma relação direta com seus eleitores; não procuravam parecer aquilo que não eram. Quando algum político procurava conquistar os votos da classe trabalhadora, aparecendo vestido numa capa esfarrapada, Sócrates comentava em voz alta: podemos ver a vaidade e o cinismo escapando por cada buraco desta capa”.

“Quando vivemos condenando a nós mesmos, terminamos por causar um colapso de nossa dignidade pessoal”.


Este post foi publicado em Todas, Sábado, (31/01/2009), às 00h42. Deixe seu comentário.

VIRUS IMIGRANTE- REINALDO JOSÉ LOPES EM VISÕES DA VIDA,31/01/2009.


Palavras como “ambiente”, “habitat” e “ecossistema” inevitavelmente trazem à nossa cabeça imagens da Amazônia, da savana africana ou do fundo do mar: vastos espaços que servem de palco para a diversidade da vida. Ninguém pode dizer que essa impressão seja incorreta, mas basta refletir um pouco para se dar conta de que ela é bastante incompleta. Qualquer corpo humano, por exemplo, é um ecossistema inteiro. Para citar apenas um dos fatos relevantes nesse contexto, há mais células bacterianas do que células suas no seu organismo neste exato momento. O seu corpo também é um habitat onde a evolução está acontecendo o tempo todo – o que, no caso de uma infecção pelo vírus da Aids, pode ser um bocado perigoso.

Eis aí uma área na qual ninguém pode se dar ao luxo de “não acreditar” na teoria da evolução: se você quer se manter um passo à frente do HIV, a dinâmica das transformações evolutivas tem não apenas de ser aceita como fato, mas esmiuçada nos mínimos detalhes, de forma a achar alguma brecha na armadura do inimigo microscópico. Uma pesquisa que acaba de ser publicada dá uma pista de como isso pode ser importante. Segundo os novos dados, durante a transmissão do vírus entre casais, a pele e a mucosa dos órgãos sexuais saudáveis funcionam como um filtro para a diversidade genética do HIV. Só um tipo de vírus consegue atravessar – mais ou menos do mesmo jeito que acontece com animais que migram de um continente para outro no nosso mundo macroscópico.

No entanto, se os recém-infectados pelo vírus já carregam outra doença sexualmente transmissível (DST), seu organismo acaba recebendo o presente de grego de diversas variantes genéticas do vírus, que acabam convivendo no sangue e nas células infectadas do novo soropositivo. Essas são as principais conclusões do artigo de Richard Haaland e seus colegas do Departamento de Patologia e Medicina Laboratorial da Universidade Emory (EUA), publicado na revista científica de acesso livre “PLoS Pathogens”.

Evolução apressadinha


Você pode conferir o artigo na íntegra (em inglês) clicando aqui. Haaland e companhia fizeram questão de estudar esses mecanismos de transmissão em pacientes africanos, já que a epidemia de Aids é um dos maiores flagelo de saúde pública da África, perdendo apenas para a malária, e achar meios de deter o avanço do vírus no continente é essencial.

O consenso científico atual diz que os vírus não são exatamente seres vivos, porque eles não têm metabolismo próprio, ou seja, não são capazes de “montar” suas estruturas moleculares nem de se reproduzir sem a ajuda das células que infectam. Isso não impede, no entanto, que eles evoluam: seu material genético (que pode ser formado por DNA ou pela molécula-irmã dele, o RNA) muitas vezes está sujeito a mutações frenéticas. No caso específico do HIV, isso faz do combate ao vírus uma espécie de “alvo móvel” dos mais chatos, porque as mutações alteram a resposta que o organismo dá ao parasita e, mais complicado ainda, a eficácia dos medicamentos usados contra ele.

Os pesquisadores da Universidade Emory queriam entender o que acontecia com a genética do vírus durante sua transmissão em relações heterossexuais. Eles estudaram, de um lado, um grupo de casais africanos com a doença e, de outro, prostitutas do continente também infectadas. O crucial aqui é que há uma espécie de intersecção entre esses grupos, porque, enquanto os membros de alguns casais foram contaminados pelo próprio parceiro, outros adquiriram o vírus por meio do sexo com outras pessoas – um perfil epidemiológico que não é tão diferente assim do encontrado entre as profissionais do sexo.

O grupo de cientistas usou a sequência de “letras” químicas do material genético dos vírus – no caso, formado por RNA – para traçar uma espécie de árvore genealógica das infecções, ou seja, para determinar quais eram os prováveis “vírus pais” da pessoa transmissora que deram origem aos “vírus filhos” na pessoa infectada. Em geral, o que se verificava é que o vírus do recém-infectado correspondia a uma única variante genética, “selecionada” entre vários tipos de HIV carregados pelo transmissor.

Mas nem sempre. Em alguns casos, a pessoa infectada pelo parceiro trazia em seu organismo várias formas aparentadas, mas bem distintas, do parasita – como se uma fosse “prima” de quarto ou quinto grau da outra, mal comparando. Em tese, essa diferenciação poderia ter surgido por mutações no interior do organismo do receptor, mas análises estatísticas, tomando como base o tempo estimado desde a infecção, mostraram que isso era muito improvável – simplesmente não haveria tempo hábil para que tantas mutações se acumulassem nos vírus durante sua multiplicação no organismo do recém-infectado. Nesses poucos casos, tudo indica que o parceiro com a infecção mais antiga já tinha transmitido originalmente mais de uma variante de HIV para o novo soropositivo.

Sem barreiras


Chegamos, finalmente, ao pulo do gato da pesquisa. Acontece que há uma correlação aparentemente forte entre a presença dessas múltiplas variantes do vírus nos infectados e relatos de outras DSTs, relacionados com infecções genitais inflamatórias. Pelo visto, dizem os pesquisadores, a mucosa genital normal e saudável funciona como uma barreira semipermeável para o vírus. Experimentos em macacos resos mostram que, embora uma infecção localizada nessa região envolva diversas variantes do parasita, apenas uma dessas múltiplas formas acaba se estabelecendo e gerando uma infecção sistêmica, ou seja, em todo o organismo.

O termo que designa esse fenômeno é “gargalo genético” – como o líquido que passa pela parte mais estreita de uma garrafa, ou por um funil, a diversidade genética do HIV se “estreita” ao passar pela mucosa saudável, e acaba sendo reduzida no fim das contas. Além de engendrar um conselho muito prático – além do indispensável uso de camisinha, o combate a qualquer DST também ajuda a dificultar a vida do vírus da Aids –, a descoberta tem potencial para inspirar outros ataques contra a doença. Esse primeiro contato com a mucosa genital é claramente um momento de fragilidade para o vírus, quando ele ainda está tateando para se estabelecer no organismo. Intervenções bem pensadas nessa área do corpo talvez possam fazer com que, em vez de apenas uma variante sobrevivente, nenhuma acabe sobrando para contar a história.


Este post foi publicado em Visões da Vida, Sábado, (31/01/2009), às 10h42. Deixe seu comentário.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ESTATÍSTICAS INTERESSANTES... - EM OUTRAS PALAVRAS, 28/01/2009.


O professor Joseph Olson, da Faculdade de Direito da Universidade Hamline, em St. Paul, Minnesota , levanta alguns fatos interessantes a respeito dos números da última eleição presidencial americana:
Número de Estados em que os Democratas venceram: 19. Republicanos: 29.
Milhas quadradas das terras em que os Democratas venceram: 580.000. Republicanos: 2.427.000
População dos municípios vencidos pelos Demobratas: 127 milhões. Republicanos: 143 milhões.
Índice de criminalidade por 100.000 habitantes em municípios vencidos pelos Democratas: 13.2 Pelos Republicanos: 2.1
O professor Olson ainda resalta: "No conjunto, a maioria do território do mapa vencido pelos Republicanos, é de terras cuja propriedade pertence a cidadãos contribuintes de impostos.
O território dos Democratas é constituido, na sua maioria, por áreas das grandes cidades, onde há um grande número conjuntos habitacionais de propriedade pública subsidiada, e dependência das várias formas de assistência pública aos cidadãos.
O professor Olson acredita que os Estados Unidos está numa fase entre a "complacência e a apatia", em que quase 40 % da população está vivendo, de alguma forma, da dependência governamental.


Artigo recebido por e-mail. Traduzido pelo Freeman.

CRISE MUNDIAL, ENTRE A FICÇÃO E A REALIDADE! - SERGIO OLIVEIRA/BLOG DO EMPREENDEDOR,29/01/2009.

Durante o primeiro semestre do ano passado 99% dos analistas econômico-financeiros defendiam com fervor a tese de que o mundo realmente era plano, que não existiam mais fronteiras e que o PIB mundial cresceria a taxas entre 4 e 5% ao ano, indefinidamente.
A grande pergunta que não foi respondida de forma clara era de onde vinha toda essa geração de riquezas e qual era o segredo de tamanha prosperidade mundial, uns diziam que era o fator China outros afirmavam que o mundo teria encontrado a fórmula para crescer e se transformar como antes nunca visto.
Hoje sabemos que o mundo não era tão
plano assim e que o consumo desenfreado, baseado na crença de que alguns teriam atingido o estágio da fartura plena estava com o fim mais próximo do que imaginávamos.
Como ator principal neste filme que migrou rapidamente do gênero de aventura para terror e pânico, o sistema financeiro mundial, capitaneado pelos bancos de investimento (livres, leves e soltos ate então), eram as grandes vedetes da economia globalizada, na realidade vivia do ofício de fabricar dinheiro das mais variadas maneiras, irrigando de forma farta, porém irreal as economias dos países nos quais atuavam.
Os mecanismos eram os mais criativos possíveis, seja fomentando o mercado empresarial através de contratos de derivativos embalados por doses de nitroglicerina, seja vendendo cotas de fundos de investimento lastreados em financiamentos habitacionais americanos, onde o imóvel objeto da garantia tinha valor superestimando e do tomador do crédito era exigido apenas que estivesse vivo para assinar o contrato, não precisava ter idoneidade cadastral, muito menos emprego, podendo até ser um imigrante ilegal.
Nada realmente importava além de efetivar mais um contrato e manter a roda da fortuna girando.
Para quem assistiu no passado o seriado “Ilha da Fantasia”, onde tudo era lindo e maravilhoso e não existiam problemas que tivessem o poder de estragar a festa, sabe exatamente do que estou falando, na realidade foi criado um mundo irreal onde muitos sonhavam em viver e não perderam a oportunidade de comprar o ingresso quando a oportunidade bateu a sua porta.
Hoje conhecendo um pouco mais dos bastidores desta grande lambança mundial, que tem mais odor de chiqueiro de porco do que perfume francês como foi vendido, posso afirmar que realmente não teria como dar certo.
Tamanha era a desordem, descontrole e ousadia, que o caso do administrador de fundos americano, o Sr. Bernard Madoff, conseguiu captar de investidores a cifra nada desprezível de U$ 50 bilhões de dólares, e como num passe de mágica evaporou com todo esse dinheiro.
Ficamos sabendo que ele nunca havia prestado contas aos investidores, isso mesmo, os bilionários que investiam com ele tinham vergonha de pedir extratos ou qualquer outro tipo de prestação de contas.
Diligencias, auditorias, nem pensar, Sr. Madoff estava acima de qualquer suspeita, ex-presidente da bolsa de empresas de tecnologia- Nasdaq e com amigos investidores ilustes como Steven Spielberg, era um luxo investir nos fundos administrados por ele.
Bastou alguém precisar de dinheiro e pedir um resgate um pouco mais expressivo para que toda a farsa fosse desvendada.
O que assusta é que as cotas desse fundo (sem fundos) foi comercializada em 17 países, por bancos como Santander, Fortis, UBS, Cajá Madrid e Banco Espírito Santo e foram ofertados para os seus clientes afortunados como sendo uma opção de investimento rentável…
Sendo tamanha a confusão, incompreensível para um simples mortal, como fica o Brasil nesta história?
Como as minhas análises são de também de um simples mortal, pelo pouco que entendi, penso assim:
1) Por mais que digam, o mundo não irá acabar, continuarão a existir pessoas, consumo, comércio, indústria e prestação de serviços, mesmo que em escala nacional.
2) Depois de toda bebedeira vem a ressaca, segundo os grandes lideres mundiais, reunidos em Davos na Suíça nesta semana, ela deverá durar pelo menos três anos (não acreditem muito, são os mesmos que falaram que a festa não tinha hora para acabar e que tinha vinho a vontade para todos)
3) O Brasil também esteve presente na festa, bebeu do vinho santo e também sofrerá com a ressaca, como bebemos menos a dor de cabeça será menor, mas existirá.
4) Não acredite em salvação divina, faça a sua parte, o seu dever de casa, por maior que seja a boa vontade do governo o cobertor é curto e pode não alcançar a sua empresa.
5) Para os que sucumbirem ficará a experiência, aos que sobreviverem terão a chance de consolidar o seu negócio a partir de novas premissas e perspectivas, já ajustadas para um cenário de recomeço.
Como quisemos acreditar, na bolha da internet em 1999, que o mundo a partir de então seria virtual e que não aconteceu, na crise atual acreditamos numa nova proposta, o novo mundo econômico plano e pleno, o que também não se confirmou.
Voltamos então para as nossas tribos com a promessa de recomeçar e de não mais acreditar nestes causos e fazer o que sempre fizemos bem, trabalhar para solidificar as nossas empresas cada dia mais, sem fórmulas mágicas.
Publicação arquivada em: Estratégia

O CHOQUE NO NOVO - ZECA CAMARGO NO G1,29/01/09.



Então você quer saber como foi a entrevista com Alanis Morissette? Tudo bem, mas, antes, posso te fazer uma pergunta? Como você conhece um novo artista, uma banda que está fazendo alguma coisa interessante, um som que você nunca ouviu?


Há muito tempo li um artigo que me impressionou muito sobre nossa capacidade de incorporar novos gostos. Foi na “New Yorker” - só peço desculpas porque, por assumida incompetência mnemônica, não posso dar aqui o link, já que eu mesmo não tenho certeza de quem escreveu nem quando exatamente ele foi publicado (no mínimo há uns dez anos, mas pode ser mais…). Mas a ideia do texto ficou comigo até hoje - não é assim que acontece quando você encontra algo bem escrito e bem exposto? - e constantemente eu o cito em conversas, sem nunca, porém, dar o crédito… Essa ideia é: existe uma idade onde “cristalizamos” o nosso gosto - e isso acontece mais ou menos quando estamos na faixa dos vinte e poucos anos.


Quem escrevia era um cientista (cujo nome, repetindo, não me lembro) de uma área ligada ao comportamento - ou talvez ao estudo dos animais (não seria a mesma coisa?), e sua observação partiu da reação de um assistente seu, mais jovem, que não suportava a música que ele - o cientista - ouvia em seu laboratório. Se não me engano era reggae - ou um outro estilo que floresceu nos anos 70 -, e seu assistente, “educado” no rock alternativo dos anos 90, reclamava constantemente desses que, para ele, eram “flashbacks” (mesmo que o cientista colocasse um artista mais moderno de reggae). Ou talvez fosse o contrário: o cientista não suportava a música que seu assistente ouvia… O fato é que esse “desencontro musical” fez o contista ponderar se existia uma época onde nossa preferência - por música, por uma estética visual, pela moda, por uma tendência gastronômica - “congelasse”, como se a gente dissesse: “é disso que eu gosto mesmo e quero repetir essa experiência pelo resto da minha vida”. Pesquisando, ele concluiu que isso acontece nessa faixa etária - dos vinte e poucos anos.


Qualquer pessoa que já foi a uma “noite do flashback” - anos 60, 70, 80, 90… - sabe do que eu estou falando (nunca foi? tem certeza?). Por que, com tanta música boa sendo feita a cada dia, gostamos de ir a um baile para dançar apenas músicas de um determinado período? Talvez porque elas nos levem à memória de uma “época de ouro” das nossas vidas - 21, 22 anos, talvez? Ponto para o tal cientista!


Mas será que isso também não é uma maldição? Como não deixar de se sentir excitado pelo “choque do novo” (pegando emprestado o título de um livro que fez muito sucesso nos anos 70)? Ao ler o artigo da “New Yorker”, lembro-me comecei a imaginar como seria possível “driblar” esse destino. Assumindo que algumas pessoas - como este que vos escreve - estão sempre interessadas no que está sendo feito de novo, como não ficar escravo do gosto da sua juventude? O que faz esses “curiosos perpétuos” irem sempre em busca de uma novidade? O cientista - pelo menos na minha fraca memória do artigo - não tinha uma resposta para isso. Mas, inspirado no artigo, passei a me checar constantemente para saber se estou aberto às coisas novas. Passei a fazer isso com todas minhas áreas de interesse - mas sobretudo naquela arte que é mais acessível para mim (e, hoje em dia, para qualquer um que tem acesso a internet): a música pop.


Um dos principais instrumentos que me ajudam nessa checagem é o número anual (que sai sempre no início do ano) do “NME” - o “New Musical Express” inglês -, no qual eles indicam as bandas que vão chamar atenção na temporada. As apostas do semanário musical para 2009 foram publicadas recentemente - e corri para conferi-las. Antigamente essa tarefa envolvia anotar as coisas mais interessantes numa lista, esperar uma oportunidade de viagem - ou de algum amigo que vai viajar - para então conseguir os “singles” ou os álbuns daqueles novos artistas. Ou então confiar em importadoras de discos - uma espécie extinta na nossa era. De dois anos para cá, porém - e este ano ainda mais imediatamente -, basta um clique rápido no myspace para você testar as novidades e concordar ou não com o “NME”- lembrando que eles já acertaram em cheio no passado (Franz Ferdinand!), mas também erraram feio…


Foi exatamente o que eu fiz esta semana, com o elenco de estreantes indicado por eles (todas as bandas citadas aqui têm sua página no mysapce - e sugiro que você faça o mesmo). E, para a minha satisfação - sempre com o teste do “gosto cristalizado” em mente - posso informar que ainda sou capaz de me entusiasmar com novidades. Não só pelo frisson do ineditismo, mas porque a maioria desse time que vem por aí tem coisas muito boas para oferecer




Como a maluca, da foto acima, chamada Florence - cuja banda atende pelo nome de Florence and the Machine. É sensacional! “Dog days are over”, por exemplo, é uma mini-ode anárquica, com um vídeo inacreditavelmente psicodélico. Ela cantando em “A kiss with a fist” mostra mais atitude do que todas as bandas alternativas de 2008 juntas (inclusive as brasileiras). Só pelos títulos das músicas, você já se apaixona: “Girl with one eye” (”Garota de um olho só”), “My boy construct coffins” (”Meu garoto faz caixões”), “Between two lungs” (”Entre dois pulmões”). Acontece que as músicas também são geniais e inesperada - “Lungs” parece que veio do espaço sideral! Desde já, ela é a artista de 2009 - e, em algum lugar do passado, imagino que Karen O deve estar feliz por ter encontrado uma herdeira em Florence.


Tem ainda, na categoria “banda alucinada” (será uma tendência?) um bando chamado Empire of the Sun - e se você achou o nome esquisito procure por eles no youtube para conferir o visual. Com seus mais de cinco milhões de acessos no myspace “Walking on a dream” já é um hit “dance pop” animado. “We are the people” tem uma ótima levada (bem anos 80) e “Swordfish hot kiss nite” é tão esperta que lembra até o Tom Tom Club.


Ainda nos (meus) favoritos, The XX é um achado com seus discretos e efetivos arranjos. “Blood red moon” tem uma batida mínima, cordas idem, e um vocal distante - e é uma modesta obra-prima. Gostei também de “VCR” e não acreditei quando reconheci o clássico “Teardrops”, de Womack & Womack, numa versão. Recomendadíssimos! E tem uns caras chamados The Big Pink que também são excelentes: “Tooyougtolove” é meio hipnótica e lembra a perfeição fria do Section 25; “Dominos” tem um ótimo refrão; e “Abriefstoryoflove” (os títulos pareces que são todos assim, grudados) tem toques orientais e uma levada de “summer of love” do final dos anos 80 (pense em Primal Scream, “Screamadelica”).


A seleção do “NME” para 2009 tem ainda outras coisas interessantes - que, embora não tenham me entusiasmado muito, podem dar um caldo. Como The Virgins (a única banda que eu já conhecia dessa leva), com seu som típico de Nova York (lembra Vampire Weekend); The Soft Pack (lembra Franz Ferdinand); White Lies (lembra Ultravox - quem se recorda? - e às vezes, bem de leve, Joy Division); The Chapman Family (mais pesado, mas com boas melodias, como “Sound of the radio”); Little Boots (vá direto ao remix de “Stuck on repeat”); e Kid CuDi (prova de que ainda é possível inventar algo no hip-hop). Se precisar de mais diversões, de uma lista mais breve (”o melhor do resto”, como está no título do “NME”) ainda pincei Young Fathers (bem dançante), Dinosaur Pile-up (que tem a ousadia de lembrar Nirvana), La Roux (boa promessa pop), e os redentores do pop eletrônico dos anos 80: Delphic.


Só isso já nos dá assunto para o ano inteiro. Sem contar que, em meados de 2009, vamos inevitavelmente esbarrar em mais “sangue novo” - e seremos também inevitavelmente seduzidos por ele… Por isso mesmo, agora eu faço outra pergunta para você: com tanta música nova aparecendo, como ficam os artistas veteranos que você aprendeu a gostar no passado? Devemos rejeitá-los, com medo de “cristalizar” nosso gosto? Ou ouvi-los com a mesma atenção que as novidades? É possível escutar um artista que você conhece há mais de uma década como se fosse pela primeira vez?


Tive a oportunidade de testar essa última hipótese recentemente, quando entrevistei Alanis Morissette em Manaus. Não estava exatamente diante de uma estranha: já havia feito nada menos que cinco entrevistas com ela - mais até do que qualquer artista nacional que já cruzei! A explicação: por uma feliz coincidência, sua carreira deslanchou mais ou menos quando eu estava começando no “Fantástico”. Fiz a primeira entrevista em 1996. Depois dessa, vieram as outras - e sempre calhava de ser comigo. Até que na quarta vez em que nos encontramos ela me reconheceu, achou graça da coincidência e… bem, tudo ficou mais fácil. Não que a gente tivesse criado uma intimidade - isso raramente acontece no “show business” entre artista e jornalista (para ambos os lados, as entrevistas são encontro de trabalho). Mas na quinta - e sobretudo nessa sexta vez, semana passada em Manaus - a conversa inevitavelmente rolou mais solta.

Num fim de tarde à beira do rio Negro, Alanis estava bem feliz de estar no Brasil. Todo artista diz isso quando já está aqui - ou prestes a chegar por aqui -, como estratégia para agradar seus fãs (é um dos maiores clichês dessas entrevistas). Mas Alanis estava genuinamente contente de ter chegado por aqui - e animada com a perspectiva de passar três semana viajando e se apresentando pelo país. Em encontros anteriores, ela sempre foi doce, suave e agradável. Mas desta vez percebi que ela estava também relaxada. Seu último disco, lançado em meados do ano passado, foi bem recebido pela crítica e pelos fãs - e apesar de ter como tema uma separação (”Not as we” é uma das canções mais tristes e bonitas que ouvi recentemente), não faz a linha “baixo astral”. Ela estava num país que já visitou e que sempre quis conhecer melhor. Então, para que se preocupar?


Nesse clima totalmente descontraído falamos de música, de carreira, de amadurecimento, de espiritualidade, de fãs - até de separação. Mas o assunto que pegou mesmo, adivinha qual foi? Viagens! Fã da Índia - como eu -, Alanis contou que sempre quis conhecer outras culturas, e que depois que começou a viajar para lugares cada vez mais distantes (para nós aqui no “ocidente”, pelo menos), agora não quer mais parar. Consegui convencê-la a visitar o Laos imediatamente (por coincidência, o episódio dessa minha volta ao mundo que vai ao ar este domingo passa exatamente por lá, num patrimônio lindíssimo da humanidade chamado Luang Prabang) - e deixamos várias portas abertas para pensarmos em outros destinos. Numa sétima entrevista, talvez?


Mas o melhor do encontro mesmo foi eu ter me sentido tão excitado de estar perto dela novamente. Como já disse, para mim ela não era novidade. Mas o brilho da artista que Alanis é me faz sempre considerá-la como nova (será que algum dia vou achar isso também de Florence?). Nesse sentido - e pegando aquela ideia do cientista que contei acima -, nem ela na sua arte, nem eu no meu gosto, ficamos “cristalizados”. E posso garantir que o dia em que você chegar nesse estágio com alguém que admira, vai estar perto do nirvana (sem trocadinhos, por favor…).


Este post foi publicado em Todas, Quinta-feira, (29/01/2009), às 18h47. Deixe seu comentário.

O SOL POR COMISSAO - CARLOS HEITOR CONY, EM AGENCIA FOLHA.


RIO DE JANEIRO- Li reclamaçoes na midia sobre a visita do presidente frances ao Brasil. Os resmungoes de sempre(entre os quais o cronista) chegaram a chama-lo de caixeiro viajante, um mascate que vai com sua mala cheia de novidades as regioes distanciadas do consumo, levando artigos de armarinho que nao chegam la. Nao chega a ser novidade. Na decada de 1920, quando veio o rei Alberto, da Belgica, entendidos descobriram que o descendente da rainha Vitoria representava um grupo economico que servia de fachada do Comite des Forges, e o resultado foi a criaçao da Belgo Mineira. Sao muitos e variados os exemplos dos mascates que aqui chegam com seus produtos, em alguns casos, simples bugigangas. Evidente que nao foi o caso do presidente Sarkozy. Ele veio com submarinos e tecnologia nuclear pra vender, alem de uma bela primeira dama uq edeu trabalho aos fotografos que fizeram plantao na calçada do Copacabana Palace. A verdade e que os chefes de Estado ha muito se transformaram em representantes de ponta das grandes empresas de seus paises. Se ganhassem comissoes pelos acordos feitos, na base dos 10% ou dos 20% em suas viagens, seriam os executivos mais bem pagos do mundo. Ganhariam uma baba. Bem verdade que Sarkozy teve uma especie de comissao pessoal nessa visita. Aproveitou a viagem de negocios para passar uns dias no litoral baiano, apreciando a bela paisagem acrescida com a presença de sua jovem e recente esposa: ninguem e de ferro. La na França, a oposiçao reclamou da ausencia do seu presidente em epoca de crise mundial, justo no momento das festas natalinas. Acontece que Sarkozy ja deve estar de saco cheio de ver a torre Eiffel iluminada e preferiu ver o luminoso sol da Bahia.

* Publicado em 28/12/2008, Jornal A Critica- Manaus/Am.

PS: A falta de acentuaçao foi decorrente da configuraçao do computador utilizado.

DICAS DE PORTUGUES - SERGIO NOGUEIRA NO G1.

MINICURSO - AULA 09

Concordância Nominal (2ª. parte)

Caso 2 - Um adjetivo e vários substantivos:
Se houver um substantivo masculino, o adjetivo concordará no masculino plural:
“Só lia livros e revistas especializados”;
Se o adjetivo estiver antes dos substantivos, deverá concordar com o mais próximo:
“Apresentou péssima forma física e desempenho”.

26. Comprou motores e peças de transmissão ______________ (estrangeiros OU estrangeiras).
27. Dentes e barbatanas foram ______________ (analisados OU analisadas) cuidadosamente.
28. Comprou um casaco e uma camisa ___________ (brancos OU brancas OU branca).
29. Viajou para estudar economia e cinema ___________ (francês OU franceses OU francesas).
30.
A língua e a literatura ___________ (inglesa OU inglesas OU ingleses) foram _________________ (os escolhidos OU as escolhidas).
31. Comeu peixe e frutas ___________ (maduros OU maduras).
32. Só comia ovos e carne __________ (bovinos OU bovina).
33. Pediu _______________ (emprestado OU emprestados) um paletó e uma gravata.
34. Escolheu ______ (má OU mau OU maus) hora e lugar para a reunião.
35. Fez tudo com força e empenho _____________ (extraordinário OU extraordinários).
36. Fez tudo com ________________ (extraordinário OU extraordinária OU extraordinários) força e empenho.

Caso 3 - Um substantivo e vários adjetivos:
O substantivo vai para o plural ou fica no singular e o artigo deve ser repetido:
“Hastearam as bandeiras brasileira e argentina”;
“Hastearam a bandeira brasileira e a argentina”.

Exercício 2 – Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases abaixo:

37. _____________ (A polícia OU As polícias) civil e militar foram chamadas.
38.
_____________ (A polícia OU As polícias) civil e a militar foram chamadas.
39. ___________ (A área OU as áreas) operacional e administrativa foram reformuladas.
40.
___________ (A área OU as áreas) operacional e a administrativa foram reformuladas.
41. __________ (O setor OU Os setores) administrativo e financeiro foi reformulado.
42. Completou ______________ (os cursos OU o curso) superior e o básico em Ribeirão Preto.
43. Hastearam _______________ (a bandeira OU as bandeiras) brasileira, argentina e uruguaia.
44. Quer aprender ____________ (a língua OU as línguas) inglesa, a francesa e a espanhola.
45. Discordava ______________ (da proposta OU das propostas) sindical e patronal
46. Eram alunos de quinta e sexta ______________ (série OU séries).
47. Eram alunos da quinta e da sexta ____________ (série OU séries).
48. Fez o primeiro e o segundo ___________ (grau OU graus) na Bahia.
49. Teve queimaduras de primeiro e segundo ________ (grau OU graus).
50. Nosso escritório fica no terceiro e no quarto __________ (andar OU andares).

Respostas

Exercício 1

26. Comprou motores e peças de transmissão ESTRANGEIROS.
27. Dentes e barbatanas foram ANALISADOS cuidadosamente.
28. Comprou um casaco e uma camisa BRANCOS (ou BRANCA = só a camisa é branca).
29. Viajou para estudar economia e cinema FRANCESES (ou FRANCÊS = só cinema é francês).
30. A língua e a literatura INGLESAS foram AS ESCOLHIDAS.
31. Comeu peixe e frutas MADURAS.
32. Só comia ovos e carne BOVINA.
33. Pediu EMPRESTADOS um paletó e uma gravata.
34. Escolheu MÁ hora e lugar para a reunião.
35. Fez tudo com força e empenho EXTRAORDINÁRIOS.
36. Fez tudo com EXTRAORDINÁRIA força e empenho.

Exercício 2

37. AS POLÍCIAS civil e militar foram chamadas.
38.
A POLÍCIA civil e a militar foram chamadas.
39. AS ÁREAS operacional e administrativa foram reformuladas.
40. A ÁREA operacional e a administrativa foram reformuladas.
41. O SETOR administrativo e financeiro foi reformulado.
42. Completou O CURSO superior e o básico em Ribeirão Preto.
43. Hastearam AS BANDEIRAS brasileira, argentina e uruguaia.
44. Quer aprender A LÍNGUA inglesa, a francesa e a espanhola.
45. Discordava DAS PROPOSTAS sindical e patronal
46. Eram alunos de quinta e sexta SÉRIES.
47. Eram alunos da quinta e da sexta SÉRIE.
48. Fez o primeiro e o segundo GRAU na Bahia.
49. Teve queimaduras de primeiro e segundo GRAUS.
50. Nosso escritório fica no terceiro e no quarto ANDAR.

Um forte abraço.
Nosso minicurso continua na próxima semana. Até lá.

Este post foi publicado em Dicas, Quarta-feira, (28/01/2009), às 11h07.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

NÃO IMPORTA!!!


As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.

Ame-as mesmo assim!

Se você obter Sucesso em todas as suas realizações,

ganhará falsos Amigos, e verdadeiros Inimigos.

Tenha Sucesso mesmo assim!

O bem que você faz,

será esquecido amanhã.

Faça o Bem Mesmo Assim!

A sinceridade e a fraqueza o(a) tornam vulnerável.

Seja Honesto(a) mesmo assim!
Aquilo que você levou anos para construir pode

ser destruído de um dia para o outro.

Construa mesmo assim!
Se você der ao mundo e aos outros o melhorde si,

corre o risco de poder se machucar.

Dê o Que Tem de Melhor mesmo assim!
Não Importa o que aconteça...

Seja Apenas Você!

(Autor Desconhecido)

POESIA DE MARIO QUINTANA.


Não quero alguém que morra

de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim,

que queira estar junto de mim,

me abraçando!!

Não exijo que esse alguém me ame

como eu o amo, quero apenas que me ame,

não me importando com que intensidade!

Não tenho a pretensão de que

todas as pessoas que gosto, gostem de mim...


Nem que eu faça a falta que elas me fazem,

o importante pra mim é saber que eu,

em algum momento, fui insubstituível...

E que esse momento será inesquecível..


Só quero que meu sentimento

seja valorizado!
Quero sempre poder ter

um sorriso estampando em meu rosto,

mesmo quando a situação não for muito alegre...

E que esse meu sorriso consiga

transmitir paz para os que estiverem

ao meu redor!

Quero poder fechar meus olhos

e imaginar alguém...

e poder ter a absoluta certeza

de que esse alguém também pensa em mim

quando fecha os olhos,

que faço falta quando

não estou por perto!

Queria ter a certeza de que

apesar de minhas renúncias e loucuras,

alguém me valoriza pelo que sou,

não pelo que tenho...
Que me veja como um ser

humano completo,

que abusa demais dos bons sentimentos

que a vida lhe proporciona,

que dê valor ao que realmente importa,

que é meu sentimento...

e não brinque com ele!

E que esse alguém me peça

para que eu nunca mude,

para que eu nunca cresça,

para que eu seja sempre eu mesmo!

Não quero brigar com o mundo,

mas se um dia isso acontecer,

quero ter forças suficientes para

mostrar a ele que o amor existe...


Que ele é superior ao ódio

e ao rancor,

e que não existe vitória sem humildade e paz!

Quero poder acreditar que mesmo

se hoje eu fracassar,

amanhã será outro dia,

e se eu não desistir

dos meus sonhos e propósitos,

talvez obterei êxito e

serei plenamente feliz!

Que eu nunca deixe minha esperança

ser abalada por palavras pessimistas...


Que a esperança nunca me pareça

um "não" que a gente teima em maquiá-lo

de verde e entendê-lo como "sim"!

Quero poder ter a liberdade de dizer

o que sinto a uma pessoa,

de poder dizer a alguém o quanto ele

é especial e importante pra mim,

sem ter de me preocupar com terceiros...


Sem correr o risco de ferir

uma ou mais pessoas com esse sentimento!

Quero, um dia, poder dizer

às pessoas que nada foi em vão...

Que o amor existe,

que vale a pena se doar

às amizades a às pessoas,

que a vida é bela sim,

e que eu sempre dei o melhor de mim...

e que valeu a pena!!!!"

Mário Quintana

O QUE MAIS ME SURPREENDE NA HUMANIDADE...


"-O que mais te surpreende na humanidade?


-Os homens...

Porque perdem a saude para juntar dinheiro,

depois perdem o dinheiro para recuperar a saude!

E por pensarem ansiosamente no futuro

esquecem o presente de tal forma que acabam

por nao viver o presente nem o futuro!

E vivem como se nunca fossem morrer...

e morrem como se nunca tivessem vivido."

CHE GUEVARA.


"É preciso lutar todos os dias para que esse amor à Humanidade viva e se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo de mobilização"

Che Guevara

POESIA DE FLORBELA ESPANCA



"... O meu mundo não é como o dos outros,

quero demais, exijo demais,

há em mim uma sede de infinito,

uma angústia constante que

nem eu mesma compreendo,

pois estou longe de ser uma pessimista.

Sou antes de tudo uma exaltada,

com alma intensa, violenta,

atormentada, uma alma que não

se sente bem onde está,

que tem saudades...

sei lá de quê!"

Florbela Espanca

FRASES E PENSAMENTOS DIVERSOS....

1. "QUANDO O POÇO ESTÁ SECO, CONHCEMOS O VALOR DA ÁGUA."(BENJAMIN FREANKLIN-CIENTISTA E ESTADISTA AMERICANO);


2. "O COVARDE NUNCA TENTOU, O FRACASSADO NUNCA TERMINA E O VENCEDOR NUNCA DESISTE".( NORMAN VICENT PEALE- ESCRITOR);

3. "A ARTE DE VENCER É A ARTE DE SER ORA AUDACIOSO, ORA PRUDENTE." (NAPOLEÃO BONAPARTE);


4. "A AMIZADE É UM AMOR QUE NUNCA MORRE!" (MARIO QUINTANA- POETA E ESCRITOR);


5. "DEFEITOS NÃO FAZEM MAL, QUANDO HÁ VONTADE E PODER DE OS CORRIGIR." (MACHADO DE ASSIS- POETA E TEATRÓLOGO);


6. "O ORGULHO É O DESESPERO DA ALMA EM BUSCA DA GLÓRIA DESTE MUNDO." (BISPO EDIR MACEDO);

7. "NA PROSPERIDADE NOSSOS AMIGOS NOS CONHECEM; NA ADVERSIDADE NÓS CONHECEMSO NOSSOS AMIGOS." ( COLLINS- ESCRITOR INGLÊS);



8. "OS QUE MUITO SABEM, DE POUCA COISA SE ADMIRAM; E OS QUE NADA SABEM, SE ADMIRAM DE TUDO." ( SÊNECA - FILOSOFO AMERICANO );

9. "DEVEMOS PROMETER SOMENTE O QUE PODEMOS ENTREGAR E ENTREGAR MAIS DO QUE PROMETEMOS." ( JEAN ROZWADOWSKI-PRESIDENTE MASTERCARD INTERNATIONAL );




10. "AMAS A VIDA? ENTÃO NÃO DESPERDICE TEU TEMPO; É DE TEMPO QUE A VIDA É FEITA." ( BENJAMIN FRANKLIN- EX-PRESIDENTE AMERICANO );

11. "O SUCESSO NA VIDA DEPENDE UNICAMENTE DE INSISTÊNCIA E AÇÃO." ( EMERSON- POETA E FILÓSOFO AMERICANO );


12. "A REVOLTA VEM A SER A MÃE DA CORAGEM, QUE, POR SUA VEZ, NÃO TEM MEDO DE TOMAR UMA ATITUDE DE FÉ." ( BISPO EDIR MACEDO );

DESCULPA LÁ... - ALEXANDRE REIS,03/11/2007.

Para pensar
Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direcção.Antoine de Saint-Exupéry
Ontem tudo estava bem

ontem sentia-me alguém

mas esse sentimento passou.

Agora faz-me sentir diferente

o meu simples olhar de gente

que de amor se quedou.


Desculpa, não te quero magoar

mas foi num primeiro olhar

que te amei...

Agora, é difícil de dizer

que passei a entender

que tudo sonhei.


Desculpa lá

já sei que não dá

que o meu amor acabou

Desculpa lá

se o que deixei para trás

não foi um pouco de amor.


Alexandre Reis (E7)

"há uns bons anos... era eu um adolescente"


Publicada por Alexandre Reis em 23:23

À MARGEM...- ALEXANDRE REIS,17/11/2007.


Um rio nasce do nada,

tal como as estrelas são douradas

e o fogo é incandescente.

Da alma surge a água

que cai em lágrimas de sofrimento.


No outro lado do rio

há nuvens num céu cinzento.

Nasce a vontade de inventar

um rumo novo,

redescobrir outros tempos.


Navego na barca dos amantes

,desesperadamente...

À noite, o desconhecido,

a constante procura da luz.

Até que, de repente,

o rio estende-se

e confunde-se no mar da vida.


Alexandre Reis (JX)


Eis o poema introdutório de um livro organizado mas não publicado.

Publicada por Alexandre Reis em 17:52.