sábado, 25 de abril de 2009

ÁRVORES - PAULO COELHO NO G1 (MENSAGEM DO DIA).


Uma vez eu caminhava com meu mestre por um campo perto de Cabo Frio. Ele dizia:


“olha ali uma bromélia!” E logo depois: “vê esta orquídea!”


Meus olhos não estavam acostumados ao milagre das coisas pequenas. Tudo o que via diante de mim era uma confusão de plantas verdes e nada mais. Aos poucos, andando com ele, aprendi a educar a vista e a buscar a planta que queria.


O mesmo se passa com os Sinais de Deus, que aparecem na maneira como Ele procura ajudar a dirigir nossas vidas. Só um olho treinado consegue vê-los.




Hoje – embora ainda cometa erros – acostumei-me a distinguir no cenário à minha frente a caligrafia de Deus. Assim como a beleza da orquídea se destaca para quem sabe que elas existem, os Sinais se mostram para quem tem a coragem de decifrá-los.


William Blake, poeta e pintor inglês, disse:


“O tolo não vê a mesma árvore que o sábio.”


Custei a entender isto, mas acabei aprendendo.



Este post foi publicado em Todas, domingo, (19/04/2009), às 07h25. Deixe seu comentário.

DESAPARECIMENTO DE YANKEE (CÃO QUERIDO DE ALEXANDRA, DO BLOG ALMA MINHA).

UTILIDADE PUBLICA

"YANKEE foi roubado nesta madrugada na cidade de Porto Alegre ( cidade baixa) e pode estar ainda pelos arredores ou em bairros mais longe, mas provavelmente em Porto Alegre (Brasil).

É um ser dócil, manso, educado, obediente, gentil, amado, querido e ele precisa voltar pra casa, porque é lá que o reconhecem como vida AMADA E QUERIDA. POR FAVOR, SE VOCÊ POSSUI ORKUT COPIE AS FOTOS DE YANKEE E FAÇA UM APELO NO SEU ORKUT. SE POSSÍVEL, NO SEU PRÓPRIO BLOG. Afinal, somos "lidos" por todos os cantos do mundo."

REFLEXÕES DE ALEXANDRA S. NO SITE ALMA MINHA.


“Somos um intervalo entre dois intervalos – a vida (espaço entre a nascença e a morte) e o tempo (espaço entre a eternidade e o efemero). Nós somos uma fagulha que se apaga num vento que passa sem que possamos dizer que o sentimos passar”.(Fernando Pessoa)
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam a minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade". (Bertrand Russel)
"Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem."(Leonardo da Vinci)
"Todo o estado de alma é uma passagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E - mesmo que se não queira admitir que todo o estado de alma é uma paisagem - pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser "Há sol nos meus pensamentos", ninguém compreenderá que os meus pensamentos são tristes."
(Fernando Pessoa, in Cancioneiro)
"O mais corrosivo de todos os ácidos é o Silêncio"(Frangias, Andreas)
Poema ao acaso

Prefiro rosas, meu amor, à pátria
Fernando Pessoa
Prefiro rosas, meu amor,
à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse,
deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já
nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que
os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo
de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.
A TUA AUSENCIA
a dor da tua ausência
oculto-a nos sorrisos imperfeitos
que rabisco no vazio
quando visitas meu jardim
subconsciente e íntimo
descubro-a nos soluços cavados
que sobressaltam meu chão
sismos que ameaçam meu templo
edificado em terra-de-ninguém
entrego-a na lágrima obstinada
que nasce no rincão oculto
de onde toda a inquietação
ingovernável e sôfrega flui
a dor da tua ausência
deslaço-a em mim
colo de quimeras mil
pasto tenro de desvarios
estupendos e plácidos
porque
na tua ausência
a dor é pilar em mim
é oriente e aurora
e meu fontanário de ser
A.
03-04-09
*ADOREI TODAS AS MENSAGENS LIDAS EM TEU BLOG, QUERIDA ALEXANDRA, E ESTAREI PUBLICANDO O ANUNCIO DO DESAPARECIMENTO DE TEU QUERIDO YANKEE.BJSSSSS MIL.

QUEM VAI PAGAR O PATO? - BRUNO MEDINA NO G1(INSTANTE POSTERIOR).



É muito provável que você já tenha ouvido falar de Susan Boyle, a feia e desengonçada candidata de um programa de calouros da TV britânica que tornou-se celebridade mundial em menos de uma semana. A escocesa de hábitos simples e aparência rude –cujo aspecto mais a aproxima de uma personagem da turma do Asterix- protagoniza um conto de fadas particular, agora observada de perto por seus recém-conquistados milhões de fãs.
O talento de Susan revelou-se para mim através do diminuto retângulo que se faz de uma janela do Youtube. Ainda que, a altura, aquela voz se propagasse pelos autofalantes do laptop, foi espantoso perceber seu extraordinário carisma, suficiente para emocionar até mesmo os menos sensíveis ouvidos e corações. A apresentação que pode de fato ter alterado o rumo da vida desta jovem senhora não se transformou em sucesso instantâneo por acaso.
Susan caiu nas graças de todos porque não dava indícios de ser uma forte concorrente. Nota-se que não havia estratégia a ser seguida, discurso ensaiado ou qualquer um destes artifícios em que os calouros costumam basear suas apresentações. Ela parecia não ter a mínima consciência de que a brejeirice provinciana, aliada à sua figura gorducha e atarracada, despertaria qualquer tipo de simpatia no público. A falta de desenvoltura concede a impressão de estar ali mais por insistência dos amigos do que por vontade própria.
O que, no entanto, ficou muito claro desde o início foi a velha e conhecida lógica da atração televisiva; “Britain’s Got Talent” aponta para o escracho e se vale de candidatos esquisitos, bem como de suas risíveis pretensões e falta de bom senso, para alavancar audiência. Além da tradicional bancada, geralmente composta por personalidades musicais impiedosas, há ainda dois humoristas atentos a qualquer oportunidade que surja para desdenhar dos pretensos cantores.
Frente à tragédia anunciada, Susan passou plena, de regra à enorme exceção. A genuinidade de sua relação com a música interpretada neutralizaram todos os papéis a serem desempenhados naquela noite; humoristas, produtores rabugentos e plateia histérica simplesmente se calaram, estupefatos, para ouvi-la cantar. Houve quem chorasse, talvez de remorso, e me pareceu sincero o desabafo da jurada da competição, reconhecendo o usual cinismo.
No vídeo ficou registrado algo capaz de transcender a aclamação recebida por tantos outros candidatos que, como ela, surpreenderam telespectadores sedentos pela humilhação alheia. Mais do que vencer o preconceito que lhe rendeu risadas assim que pisou no palco, a caloura forneceu a todos nós uma inesquecível lição: a de que ainda é possível acreditar na pureza. Arrisco-me até a dizer que esta é a principal razão pela qual sua performance já contabiliza dezenas de milhões de acessos na web.
Hoje ligo a TV e me deparo com imagens de Susan em seu vilarejo, na porta de casa, atendendo à imprensa. Já se sabe que ela teria assinado contrato para gravar um disco, e que nunca beijou na boca. Vislumbrando as possibilidades comerciais inerentes ao seu sucesso, uma produtora de filmes pornô ofereceu um milhão de dólares para que a caloura perca a virgindade diante das câmeras.
E o que vem depois? Susan grava um disco, passa a se apresentar pelos quatro cantos do planeta, ganha algum dinheiro. Participa de um daqueles programa que a fará parecer dez anos mais jovem, muda o cabelo, joga as roupas fora. Arrumam-lhe namorado e amigos influentes e, de repente, não se sabe mais dela. Quando Susan deixar de ser patinho feio para se transformar em cisne, acabou toda a graça. Pergunto-me se existe alguma chance de resistir à tentação de se tornar aquilo que os outros querem que ela seja. Infelizmente acho que não.
Este post foi publicado em Instante Posterior, terça-feira, (21/04/2009), às 15h39. Deixe seu comentário.

MORRISON E CASAL - PAULO COELHO NO G1 (MENSAGEM DO DIA).


Durante dias o casal caminhou quase sem conversar.Finalmente chegou ao meio da floresta, e encontrou George Morrison.

“Minha companheira quase não falou comigo durante a viagem”, disse o rapaz.

“Um amor que não tem silêncio é um amor sem profundidade”, respondeu Morrison.

“Mas ela nem mesmo disse que me amava!”, insistiu o rapaz.

“Há pessoas que falam isso a toda hora”, continuou Morrison. “Acabamos desconfiando se há verdade em suas palavras”.

Os três se sentaram em uma pedra. Morrison apontou as montanhas no horizonte:

“A natureza não fica repetindo o tempo todo que Deus nos ama. É no silêncio que nós O compreendemos”.


*A paciência é amarga, mas seus frutos são doces.
Jean-Jacques Rousseau.


Este post foi publicado em Todas, quarta-feira, (22/04/2009), às 00h05. Deixe seu comentário.

SOBRE CONFIAR - PAULO COELHO NO G1(MENSAGEM DO DIA).



“Acredito em tudo o que as pessoas me dizem e sempre acabo me decepcionando”, costumamos ouvir.

É muito importante confiar nas pessoas: um guerreiro da Luz não tem medo de decepções, porque conhece o poder da sua espada e a força do seu amor.

Entretanto, ele sabe que uma coisa é aceitar os sinais de Deus e entender que os anjos usam a boca de nosso próximo para nos aconselhar. Outra coisa é ser incapaz de tomar decisões e estar sempre procurando transferir a responsabilidade de nossos atos aos outros.

Só poderemos confiar em alguém se, primeiro, formos capazes de confiar em nós mesmos.


Este post foi publicado em Todas, quinta-feira, (23/04/2009), às 00h51. Deixe seu comentário.

EM BUSCA DE ALGUÉM - PAULO COELHO NO G1(MENSAGEM DO DIA).

Um guerreiro da luz precisa de amor. O afeto e o carinho fazem parte de sua natureza – tanto quanto o ato de comer, o de beber e também o gosto pelo bom combate.


Quando o guerreiro não está feliz, algo está errado.


Assim, ele interrompe o combate e vai em busca de companhia, para assistir junto de alguém ao entardecer.


Se ele tem dificuldades em encontrá-la, pergunta a si mesmo: “Tive medo de me aproximar de alguma pessoa? Recebi afeto e não percebi?”


Um guerreiro da luz usa a solidão, mas não é usado por ela.



Este post foi publicado em Todas, sexta-feira, (24/04/2009), às 00h08. Deixe seu comentário.