SUBITO
Nem posso dizer que fui feliz
Não houve tempo para nada
enleada de suas palavras
envolta em desejos e sonho.
Nosso amor foi revoada
de pássaros em migração
ou miragem desses meus
sentidos cansados de tanta solidão?
Não houve tempo para nada
nem sei que músicas embalam
seu sono sem mim.
Nem sei se sonha ou se passa a noite
em claro, como tateio a madrugada
de saudade em saudade.
Inesperado, veio e se foi, súbito.
Pouco conheci de suas mãos
senão o fogo onde ardo, deixado
assim como nada, em meus vãos.
Pouco entendi dos silêncios seus
e, das palavras todas que me disse,
apenas uma ouço agora: Adeus!
Imagem: Bouguereau
Postado por Saramar às 00:32, EM 08/03/09.
ESPERA
O amor espera em silêncio.
Além e antes,
a flor de todos os espinho
saber-se a cada sol
ainda que o dia,
sob plúvios,
pareça lamentar minhas feridas.
Presa a alma nestes lamentos,
creio, entretanto,
em outras cores
e nos eflúvios novos
de outra primavera.
Sei do céu, dos seus caminhos azuis
onde já passei um tempo
que era todos os tempos.
Por isso, creio enquanto......
o amor espera.
Silêncio!
Postado por Saramar às 11:07, em 13/03/09.
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